quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

"Arre, Pio (do Brandão)", pra começar bem o ano novo!

"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito"
e pra se emocionar várias vezes.

Por exemplo, meu amigo (misto de pai, avô e irmão) Carlos Brandão termina o ano me emocionando com a canção "O Rio" (que falei no post anterior) e já começa o ano novo me arrepiando com esse post dele no face:




"Num dia qualquer de 1988, no governo Henrique Santillo, o governador que mais deu forças pra Cultura em Goiás, apesar dos Iris e outras pragas, o então secretário de Cultura, meu amigo Kleber Adorno, comandou uma política cultural que, ao contrário dos governos seguintes, premiava TODOS os municípios goianos.
Nessa luta brava que foi esse trabalho, eu viajava cerca de 7 a 10 dias por mês. Meus parceiros de viagem mais assíduos: Pio Vargas, Rogerio Lucas, Maria Abadia Silva, etc,etc, etc.
Uma noite, paramos em Itaberaí, terra do cabelin Walacy Neto, para jantar, e eu e o Pio Vargas começamos mais um dos nossos intermináveis papos poéticos. A gente tava indo pra Sanclerlândia.
Peguei um papel e rabisquei um poema.
Entreguei o poema ao Pio e disse> meu presente pra você. A nossa amizade mora aqui nesse texto, segundo o meu coração.
Amigos e vizinhos dizem que o Pio, em momentos de viagens, ficava declamando esse texto que fiz.
Posto aqui, aproveitando que tô bêbado, (rsrs.. novidade..).. numa homenagem a esse menino que foi embora muito cedo e que faz uma falta danada pra arte desse Estado.
Bira Galli sabe o que tô falando.
Um dia, num boteco barulhento, eu tava sóbrio (rsrs.. de novo) e declamei esse poema.
Everson Alcântara, esse meu amigo de sempre, gravou no celular.
Hoje ele me enviou pelo whatsapp.
Consultei um amigo que adoro, Fernando Gonçalves Abadia, que me ajuda nesses papos informáticos (isso existe, Fer?), e ele transformou em arquivo decente, pra que eu postasse aqui e agora.
Vai pro Diego de Moraes, a quem tanto amo.
Vai pra um punhado de gente que acompanhou a aventura cultural do Henrique Santillo, um cara que foi governador, prefeito, senador, ministro, deputado e, que, ao contrário de alguns, morreu pobre.
O Governo Santillo construiu Martim Cererê, Gustav Ritter, Museu da Imagem e do Som, Cine Cultura, Museu Pedro Ludovico, Museu de Arte Contemporânea, Orquestra Filarmônica de Goiás, etc, etc, etc.
Hoje, quando vejo a Segplan, Goiás Turismo, Secult Goiás, terceirizando o Teatro Goiânia, numa maneira de lavar as mãos e de encarecer a taxa de aluguel para os grupos locais, dá saudade do Kleber e do Santillo.

Arre, Pio!

Você me arrepia o dia.
Panela no fogo
: barriga, sorria.

Você me jogando o laço
e eu, cavalo bravo,
te abraço.

O nosso conto é de fada
: dois peixes se namorando
e nada.

Daí, guardei meu desejo.
Todo dia é pé na estrada.
Um beijo!

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