sábado, 22 de dezembro de 2007

Cuiabá!!!!!!!!!!






FELIZ ANO ROCK

É HOJE!!! Sábado 22/12 às 21h

Shows:

MACACO BONG
BRANCO OU TINTO
CHILLI MOSTARDA
SNORKS
RHOX
THE MELT

Participação Especial: DIEGO DE MORAES (GO)

SÓ 3 REAIS!!! As 30 primeiras pessoas não pagam!

Local: MISC - Museu da Imagem e do Som de Cuiabá.
Rua Voluntários da Pátria, 75. Centro.

ÚLTIMO EVENTO DO ANO EM CUIABÁ!
A DESPEDIDA DE 2007 COM O "BOM VELHINHO" ROCK'N ROLL!!!!!!

informações: 3025 4109 | 3052 0321 | 9223 5824











(AH! Vi que o Pablo Capilé votou em mim como revelação do ano na Trama Virtual. Que honra, cara!)

http://tramavirtual.uol.com.br/noticia.jsp?noticia=7274

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

bandas "Fora do eixo" entre as melhores do ano

Já cantei no ep que "Posso não ser o melhor, mas o melhor é ser eu...". Escrevi isso há uns 2 anos, mas continuo pensando assim. Independente dos comentários alheios, do top 10, da moda do verão: é melhor seguir sua estrada sem se preocupar com aqueles que estão aí pra concorrer e pra te desprezar.
É aquilo que já falei: A busca é sempre pra "me" superar, pra dar o melhor de mim, mas sem aplicar a lógica da "concorrência", pois só quero espaço pra dançar em paz, sem precisar pisar em ninguém e sem ser pisado.

Fico feliz em saber que o ep "Reticências" (que, me deixou um pouco frustrado, pois não consegui realizar-me plenamente ali- até por isso batizei esse pequeno registro de "Reticências"-, mas que foi importante pois tenho ali um rascunho do que ainda pretendo fazer e ficou claro pra mim o que eu não quero mais que aconteça. Além disso a gravação foi uma experiência fundamental pro começo da relação com a banda que está comigo, Os Imoraes, que, hoje, são grandes amigos meus, somos praticamente uma família mesmo. Além disso, acho que, dentro das condições, acabou sendo representativo do que eu sentia e acho que as vinhetas deram uma unidade conceitual pro ep. Que Parênteses grande. pô!) está na lista do Senhor F dos 5 melhores, embora eu saiba que isso de catalogar alguma arte como "melhor" ou "pior" seja sempre subjetivo, relativo mesmo (e olha que eu nem sou pós-moderno... rs).

***** Amo Stooges e tem gente que acha uma porcaria. Fazer o quê?****



Vi em: http://www.espacocubo.blogger.com.br/


A lista inclui ainda outras “fora do eixo” nas categorias melhores Álbuns, Ep’s e shows. Entre os nomes, destaques para a Vanguart, com o álbum homônimo lançado pela Outra Coisa em parceria com a Cubo Discos, e Los Porongas (Senhor F Discos). Ambos apontadas como os melhores em duas categorias, a de “Álbum” e “Show”.

A relação completa elaborada por Rosa, que conta também com Diego de Moraes, da Fósforo Records, e MQN, da Mostro Discos e Trama Virtual, pode ser conferida no site do Senhor F, que pode ser acessada pelo link a seguir:








http://senhorf.com.br/agencia/main.jsp?codTexto=4355






Senhor F apresenta os destaques independentes nacionais de 2007

* Flávio Ohno

O ano de 2007 pode não ter sido dos mais produtivos em quantidade de novos lançamentos, mas certamente não ficou nada a dever em matéria de qualidade dos discos editados. Em suas variadas vertentes, o rock, ou a música jovem brasileira, produziu ótimos álbuns, oriundos das mais diferentes regiões, capitais e cidades, como Autoramas, do Rio de Janeiro, e Charme Chulo, de Curitiba.

Senhor F listou seus "10 mais", com obras que vão do esperto e divertido hardcore dos brasilienses Galinha Preta ao pop denso e sofisticado dos goianos Violins. Neste ano, ganharam destaque artistas com sotaque MPB como Maurício Pereira, China e o grupo Cravo Carbono, de Belém. A triade revelação independente Vanguart- Superguidis-Los Porongas também se faz presente com brilho especial.

A lista ainda inclui os 5 melhores EPs, singles e shows, neste último caso restrito ao universo de eventos que assistimos ao longo do ano. Entre os EPs, estão o goiano Diego de Moraes, Lê Almeida, da Baixada Fluminense, os paulistanos Lestics, os brasilienses Sestine e, ainda, Johny Rockstar, de Belém. Já entre os singles, destacam-se Beto Só, Filomedusa, MQN, Móveis Coloniais de Acaju e Stuart.

Na próxima semana, apresentaremos os melhores lançamentos sulamericanos e internacionais. Entre os destaques, estão os uruguaios Supersónicos, os peruanos Turbopótamos e o espanhol Sr. Chinarro. Na lista dos melhores lançamentos internacionais destacam-se os discos das bandas Grinderman, Iron and Wine e The Coral, entre outros.

Destaques nacionais

Álbuns

- Autoramas – Teletransporte (Mondo 77)
- Charme Chulo – Charme Chulo (Independente)
- China – Simulacro (Candeeiro)
- Cravo Carbono – Vórtex (Ná Figueredo)
- Galinha Preta – 3 em 1 (Rolla Pedra)
- Los Porongas – Los Porongas (Senhor F Discos)
- Maurício Pereira – PRAMARTE (Independente/Distribuidora Lua)
- Superguidis – A Amarga Sinfonia do Superstar (Senhor F Discos)
- Vanguart – Vanguart (Outracoisa)
- Violins – Tribunal Surdo (Monstro Discos)

EPs

- Diego de Moraes – Reticências... (Fósforo Records)
- Johny Rockstar – Ao Vivo (Ná Figueredo)
- Lê Almeida – Loufailândia (Transfusão Noise Records)
- Lestics – 9 Sonhos (Independente)
- Sestine - As Engrenagens (Independente)

Singles

- Beto Só – Meu Velho Escort/Espaço de Nada (Senhor F Virtual)
- Filomedusa – Batcaverna/Morte em Vida/Your Color Dreams (Compacto.REC!)
- MQN - Cobra - Fuck CD Sessions Vol. 02 (Monstro Discos/Trama Virtual)
- Móveis Coloniais de Acaju – Sem Palavras (Trama Virtual)
- Stuart – Desenvolvedor de Paranóias (Senhor F Virtual)

Shows

- Galinha Preta (Porão do Rock – Brasília)
- Los Porongas (Outs – São Paulo)
- Móveis Coloniais do Acaju (Goiânia Noise - Goiânia)
- Superguidis (Varadouro – Rio Branco)
- Vanguart (Móveis Convida - Brasília)

* Flávio Ohno é colaborador de Senhor F.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sobre o Noise em blogs da vida...

Esse blog funciona mais como um arquivo pra mim.
Aí embaixo vai algumas resenhas q saíram em blogs sobre o Goiania Noise:












DIEGO DE MORAES

O show do Diego me surpreendeu. Eu espero sempre muito mais dele do que de uma banda tipo o Barfly. Mas vamos ao menino que é o mais importante.
O Diego e sua banda de apoio que eu nunca sei o nome estão conseguindo misturar boas influências e deixar a música com uma cara própria, isso é bacana. É como se um moleque novo que tivesse começado a andar de skate a uns cinco anos e o estilo dele começasse a aflorar. É bom de ver. E teve uma hora do show que eu lembrei de Shane Cross




http://www.ambienteskateshop.com.br/ambiente/index.php?cmd=carregaFrame&id=308



E tem fotos!




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http://www.hellcity.blogger.com.br/

Chegando no Goiânia Noise Festival
Por Dewis Caldas
Volume Comunicação
Cuiabá, MT

"Um bocadim pra entrada do Seven, instrumental de execução nobre, firme e bem elaborado, uma das bandas que me ponho pra escutar em casa - depois daquele show."

"Diego de Moraes me fez lembrar Tom Zé na década de 70, acompanhado pela banda Os Imorais, fez o público primeiro bater o pé e depois bater a cabeça com letras escrachadas e muitas vezes incompreensível - grande revelação goiana o garoto."



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http://www.dynamite.com.br/portal/view_coluna_action.cfm?id_colunista=44&id_show=1562#
O Inimigo vê o Goiânia Noise."
por Eduardo Mesquita


"Ainda no palco externo (que depois se revelou uma grata surpresa em termos de som) quem entrou na seqüência foi o Seven, também goiano. Já disse em outras resenhas de shows desses caras que eu tenho preguiça para som instrumental, com exceção para Dead Rocks, mas o Noise desse ano vinha com grandes bandas instrumentais e eu me preparei para a aventura sem vocalistas. Além disso, eu tinha sido questionado uma vez pelo Eduardo, guitarrista do Seven, sobre essa minha preguiça e tivemos uma troca legal de emails, até que percebi que essa preguiça era só má vontade e reconhecimento da minha pouca informação. Comentar banda instrumental é seara dura, precisa de informação, conhecimento técnico e eu não tenho tudo isso, reconheço. Falo do que sinto e música instrumental mexe muito com sentimentos, mais do que letras e vozes. Mas assumir um defeito é um primeiro tímido passo para sua superação, assumi que sou fraco para comentar e perdi a vergonha de fazê-lo. Eis-me aqui. Na apresentação Fal - o MC oficial do festival - comete um erro comum e chama o baixista Aderson de Anderson, eu já tinha feito isso antes."

"Eis-me aqui. Na apresentação Fal - o MC oficial do festival - comete um erro comum e chama o baixista Aderson de Anderson, eu já tinha feito isso antes. E aí a banda se mostra no palco com integração, profissionalismo, competência e bom humor. Bom humor? Como uma banda sem letras e que toca olhando uns para os outros no palco mostra bom humor? Nas intervenções e no tanto que se divertem no palco. Kolody tenta explicar a presença do quarto integrante nos teclados e efeitos, mas desiste com um "ninguém entende nosso som mesmo" e toca o show. Eu me rendo, o show dos caras pode ser tudo menos frio. A técnica não mata a espontaneidade, como eu havia imaginado. Sim, as músicas são elaboradas, intrincadas, o que um mau-humorado poderia chamar de "punheta musical", mas os caras fazem com tanta vibração que se torna um petisco saboroso. E não se limitam a serem meros tocadores no palco, prova disso é a tentativa malfadada de Aderson de dançar alguns passos de samba. Mesmo chacinando o rebolado (êita cintura dura desse menino!), Aderson coloca uma pitada de deboche no show que se integra aos discursos dadaístas de Kolody e a cara safada do Paffa. As pessoas nessa hora começavam a tirar seus óculos escuros, pois a noite caía, e o céu da cidade se abriu em um halo num anoitecer lindo com um vento quase frio. No palco rola uma jam session entre quatro amigos e no céu uma auréola se anuncia. Bons presságios. Bom show."







Ainda em "O Grito do Inimigo"

http://www.dynamite.com.br/portal/view_coluna_action.cfm?id_colunista=44&id_show=1562#

"O Inimigo vê o Goiânia Noise."
por Eduardo Mesquita

"Diego de Moraes começou o show antes do Barfly terminar, talvez uma tentativa da produção de recuperar o atraso e não atrapalhar os headliners. Louvável se eu não tivesse que subir aquela rampa correndo para não perder o show.
Diego venceu as votações da Trama Virtual, junto com Stuart e The Name. Isso mostra força e dá moral pra subir no palco, mas ele não precisa de mais moral. O sujeito tímido fora do palco vira um alucinado frito no palco e não tem medo de nada. Mais força? Ele sairia voando. Curioso que muita gente reclamou sobre a vitória dele nessa votação com o argumento boboca de "melhor seria alguém de fora". Pois eu achei ducaralho termos esse cuiabano de Senador Canedo emprestando gritaria para o começo de noite do Noise. Mostrou ainda mais o ecletismo da terra-pequi, bem notada pelo José Flávio Jr. na Folhateen. A música do Diego é esquizóide, já falei isso. Muita gente compara com Raul Seixas (ninguém grita "Toca Raul" num show do Diego. É redundante.) outros comparam com Tom Zé, e as comparações são válidas, mas Diego quer ir além e tenta colocar sua cara sorridente no som que faz. Funciona. Eu não aprecio muito, preciso sempre reafirmar isso, mas talvez a repetência comece a vencer meus limites e eu tenho que admitir que esse show foi muito divertido. Mas nem todos vivem isso. Ao meu lado meu amigo Porcão, que hoje vive em Palmas, dispara: "Cara, você me conhece, sabe que não sou cabeça fechada. Mas para algumas coisas eu ainda sou radical. Não aguento isso aí!" e vai embora de volta para seu comércio. Diego é muito para meu grande amigo enorme."
"Mas não dá pra negar o carisma do sujeito violeiro. Ele leva a platéia com a mão, e parece não perceber que tem esse poder todo. Usa com displicência seu magnetismo, é simpático e ao final resolve ser mais ousado iniciando um strip (que felizmente não vai em frente) e uma provocação: "Eu sou uma mentira!".
Errou. Muitos podem não gostar, Diego, mas você é de verdade. You´re for real, man!"













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outro blog:

http://velocipedeaquiles.blogspot.com/

Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2007

13 GOIÂNIA NOISE:


(...)

Na sexta tivemos “a noite das patricinhas”, com um público de “gente bonita” – como foi notado até mesmo pela imprensa formal – se destacando, mas não majoritariamente, até porque haviam bandas que mudavam o tom, como Sick Sick Sinners, MQN e Móveis Coloniais de Acajú. Por outro lado, Barfly, Diego de Morais, Violins e Rubín e Los Subtitulados, se encaixavam – bem ou mal – no modelo do Pato Fu.


(...)

A música evangélica que movimenta boa parte da sociabilidade juvenil na periferia de Goiânia e em municípios vizinhos é uma importante escola de formação musical para o rock e gêneros afins - desde que, no momento certo, a pessoa escolada na igreja saiba deixá-la. Já tivemos o The Ugly, de Aparecida, e agora temos com o cidadão canedense Diego de Moraes uma fórmula musical que, longe de ser original, ultrapassa em muito os limites do grunge, do rock inglês e de outros estilos underground cultivados no Entorno, indo além do próprio conceito de rock.

(...)

A primeira comparação que podemos fazer é, muito mais do que com Raul Seixas ou algo assim, com Bob Dylan. É uma comparação desfavorável mas necessária. Bob Dylan fazia uma música genial dentro dos gêneros musicais em que atuava. Sua fórmula foi brilhante em seu estilo, em sua época e país de origem, possibilitando a Dylan a mágica de se tornar um ídolo da música pop internacional. Estes elementos são, no entanto, muito difíceis de serem lapidados na periferia da periferia da periferia. Seu modelo é por demais reproduzido, suas letras são muito acima da média para os padrões da produção local mas não são exatamente boas. Sua imagem nos remete - mas sem encontrar respaldo nas letras e na atitude – ao espírito libertário das canções de protesto da década de sessenta, feitas pelo folk e também pela MPB.


Por outro lado, Diego de Moraes está muito bem posicionado em “potencial de sucesso”. Vou explicar melhor: existem algumas bandas da cena alternativa goianiense que possuem um certo apelo pop e que, portanto, têm algum potencial de sucesso. O conceito de “sucesso” que estou utilizando aqui se refere a um referencial que norteia há anos a produção Monstro-Fósforo: o padrão Los Hermanos. Este padrão diz respeito à forma como muitos integrantes de bandas goianienses entendem o Los Hermanos e sua carreira.

(...)

Entre as bandas goianienses, selecionei quatro nomes que, ao meu ver, se destacam - ou se destacaram em um certo momento - em termos de apelo pop e irei mostrar porque acredito que, atualmente, Diego de Moraes e , em seguida, Violins, têm o maior potencial de sucesso entre esses nomes. Deliberadamente deixarei de lado aqui bandas que não são de rock ou não estão diretamente ligadas à produção alternativa goianiense, excluindo também a produção heavy metal, HC e punk.

(...)

Diego de Moraes: Se a trajetória do Violins é marcada por uma mudança deliberada para um formato mais pop, a do Réu e Condenado pela intervenção de Lobão e a do Rollin' Chamas pelo auto-investimento, com Diego de Moraes, acontecem os festivais. Uma vitória em um festival acústico - o 25º Festival de Violeiros e MPB do SESI, realizado em 2006 - e uma vitória no festival de novas caras do rock alternativo Tacabocanocd, organizado pela Fósforo Records, serviram de background para a seleção para o festival No Capricho, realizado pela conhecida revista feminina homônima. Este concurso foi também devidamente vencido. Enfatizo essa questão dos festivais não porque para vencê-los é preciso agradar a um júri e, cada vez mais, ao público - e ter muitos amigos votando na internet -, mas porque os festivais são uma tradição que combina bem com o estilo musical de Diego de Moraes.

O que virá adiante na carreira de Diego de Moraes é impossível saber para pessoas não dotadas de poderes sobrenaturais, mas o “potencial de sucesso” deste músico parece promissor, já que na imagem retrô do jovem poeta que corre o mundo com seu violão ainda restam os últimos brilhos da chama dos protest songs.


De qualquer forma é preciso deixar bem claro que o show do Diego de Moraes - ou Diego e os Imorais - foi um dos melhores do festival e talvez o melhor feito por nomes locais - Spiritual Carnage à parte, como hors concours. Seja qual for seu apelo pop, em termos de rock alternativo – e além, porque seu trabalho transcende os limites do rock -, temos aqui um grande nome que ainda não alcançou sua plenitude.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Toco sexta agora (07/12) em Senador Canedo

"Olá amigos, olha só o Festival de Arte e Cultura de Senador vai acontecer nesse final de semana dias 07 (sexta-feira) , 08 (sáb) e 09 (dom)
No dia 08 haverá um debate com o tema: como formar público para as artes, gostaria que todos tivessem presente com suas idéias e criticas.
Vai sair um ônibus da praça cívica as 13 hs e voltando as 21hs de Senador Canedo, podem convidar a galera.
No sábado pretendo fazer uma festinha lá em casa (chácara) para discontrair e conspirar um pouco.
Valeu"
Bruno Garajau


Festival Cultural 2x1 em Senador Canedo começa na próxima semana



O Forsec - Fórum Social e Comunitário - e o Pontão de Cultura República do Cerrado realizarão na próxima semana, neste início de dezembro, o II Festival de Arte e Cultura de Senador Canedo.



Para atender toda a população canedense, o evento terá apresentações artísticas em duas fases, a primeira chamada Programa Escola ocorrerá de 3 a 7 de dezembro com crianças e adolescentes dos colégios da região e contará com apresentações de vídeo, malabarismos, contadores de história e outras atividades culturais.



No fim de semana será a segunda fase do Festival que será aberto a todos da Comunidade. Na sexta-feira, a partir das 11 horas se dará início ao evento com as oficinas de circo e percussão. À noite a programação começa com um cortejo cultural que percorrerá o centro da cidade até a Estação Cultura, onde acontecerá a abertura do evento, seguido de apresentações de teatro, música, poesia, entre outros.



O festival já tem a confirmação de grupos consagrados de Goiânia, como a Cia de Teatro Nu escuro, Grupo Coró de Pau, Casa Bizantina e Sr. Blan Chu, além da presença do COEPI de Pirenópolis e do Forró do Beirão de Brasília, completa a programação grupos de Senador Canedo e Aparecida de Goiânia.



No sábado, dia 8, as apresentações de dança, capoeira, teatro, malabares, oficinas de rádio, vídeo e circo continuarão e está marcado para as 15 horas um debate com a presença de varias autoridades e artistas na Estação Cultura (antiga Estação Ferroviária). O tema será "a identidade e diversidade cultural".



No domingo, dia 9, o Festival continuará com programação variada, além de roda de prosa com artistas populares e convidados. A partir das 19 horas estão programados shows de vários ritmos, como música caipira, moda de viola, funk, MPB, samba, rap, rock, sertaneja, hip-hop e etc.



Todas as apresentações acontecerão na Estação Cultura e terão como tema central, a formação de público para artes, com intuito de reciclar o conhecimento, dialogar com a comunidade e gerar mais oportunidades e resultados para coletividade.



Todos os grupos e artistas doarão seus trabalhos, bem como a estrutura necessária será mediante parcerias. Assim, as atividades promovidas durante o evento serão todas gratuitas.



O Forsec é uma ONG fundada em 2002, e a partir de janeiro de 2004 instalou-se na antiga Estação Ferroviária, na Vila Santa Rosa, sua sede atual. O Forsec realiza diariamente atividades sócio-culturais, e conta com mais de 40 voluntários em diversas atividades como horta comunitária, a biblioteca pública e o projeto "biblioteca vai à feira", cursos de dança, torneios de futebol e outras atividades que são mantidas pela comunidade local.



De acordo com o diretor de Cultura do Fórum Social e Comunitário de Senador Canedo, Bruno Garajau, "a grande idéia do Festival é a interação da Arte e Cultura com a comunidade, e por isso, esperamos que toda comunidade participe deste grande evento".



SERVIÇO:
II FESTIVAL DE ARTE E CULTURA DE SENADOR CANEDO

03 a 07/12 – Programa Escola (pela manhã e a tarde)

07, 08 e 09/12 - a partir das 11 h - Oficinas e apresentações de dança, teatro, circo, capoeira

Shows: a partir das 19h

Dia 08/12 - Debate: ás 15h – Tema "Formação de Público para as Artes"

Local: Estação Cultural (antiga Estação Ferroviária) na Vila Santa Rosa.

Informações: Pontão de Cultura República do Cerrado

(62) 3095 5257 – Simone/Luana ou Bruno



* Eliz Brandão



PROGRAMAÇÃO:



Horário


07/12 - sexta-feira

11hs


Mostra de Filme - AGCV

13hs-15hs


Oficina de circo - Laheto

15hs-17hs


Oficina de de Lixo Ritmado e tambor Recilado – Grupo Vida Seca/Goiânia

17hs


Cortejo Cultural

Saída: Em frente a Igreja Assembléia de Deus Setor Uirapuru

19hs


Abertura Oficial do Evento

19:30hs


Grupo Raizes – Senador Canedo

20:00hs


Percival Moreira – declamação de Poesia – Canedo

20:20hs


Grupo Coró de Pau – Percussão Ritmada - GYN

21:00hs


Dionísio Bombinha – Teatro – GYN

21:20hs


Mágico Macabro – Senador Canedo

21:40hs


Mauricio – declamação de Poesia – Sen. Canedo

22:00hs


Grupo Vida Seca – Percussão Ritmada - GYN

22:30hs


Diego de Moraes – música – Senador Canedo

23:00


Missionários do Rap – Senador Canedo

23:20


SLE – Rap – Senador Canedo

23:40


Banda Livre Arbitrio – Senador Canedo

00:20


Banda Paradox – Senador Canedo

SÁBADO - 08/12

11hsMostra de Filme - AGCV

13hs - 17hsOficina de Vídeo – Captura e Edição de Imagens

13hs - 17hsOficina de Rádio

14hs - Roda de Capoeira – Grupo Só Angola e Grupo Movimento

15hs - Debate Cultural – Tema: Formação de Público para as Artes

18hsSeu Cariolando – Repentista – Senador Canedo

18:15hsDança Árabe – Luiz Carlos - Senador Canedo

18:30hsDança do Ventre – Grupo Miragem do Deserto - Senador Canedo

18:45hsBreak hip-hop – Grupo Funk and Boys - Senador Canedo

19:00hsCatira – Associação de Catira, Folia e Quadrilha – Ap. de Goiânia

19:20hsCia de Teatro Nu Escuro – Espetáculo Carro Caído - GYN

20:20hsGrupo Visual Ylê - Goiânia

20:50hsGrupo do Ponto Cultural Fama: Espetáculo: O Buraco

21:10hsGrupo Musical Quebra Machado - GYN

22:00hsForró Iternauta: Beirão e os Filhos de Dona Nereide - DF

23:00hsBanda Heydner - Senador Canedo

23:30hsBanda The Cretinos - Senador Canedo

00:00hsBanda Casa Bisantina – GYN



DOMINGO – 09/12

11hsMostra de Filme - AGCV

13hs - 17hsOficina de Vídeo – Captura e Edição de Imagens

13hs - 17hsOficina de Rádio

13hs - 17hsOficina de Culinária Goiana (Empadão Goiano e Pastelinho de

Goiás) – Chef: Tatiana Mendes

13hs - 17hsOficina de Pigmento Naturais

13hs - 15hsOficina de fanzine- Preto Joe

14hs - 16hsMesa redonda: Movimento Hip-Hop (DJ FOX e Allysson)

Apresentação do grupo Manos do Break

15hsMúsica: Os passarinho - GYN

16hsProfusão Ritmica – Grupo da COEPI de Pirenópolis/GO

17hsTeatro – Grupo Pé Na Estrada, Espetáculo: Caminhos, aprendizes,

bonecos e brincadeiras - Brasília-DF

18hsGrupo Palco Cia de Dança - GYN

18:45hsKuk-sool- wan (Karate) – turma do FORSEC - Senador Canedo

19hsMPB – Mila Tuli - GYN

19hs30Música Sertaneja: Nivaldo e Zé Paulo – Senador Canedo

20hsModa de Viola: Weberson e Romério - Senador Canedo

20:30hsGrupo de Seresteiros - Senador Canedo

21:00hsGrupo Fat Samba - Gyn

21:40hsRap grupo A Corja - Senador Canedo

22:00hsRap grupo M'cs de Atitude -Senador Canedo

22:20hsBanda Nenhum - Senador Canedo

23:00hsBanda Sr. Blan Chu

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

"Reticências" é comentado pelo Senhor F



Ler em:








'Reticências ...', revelação goiana
* Fernando Rosa
O cantor e compositor Diego de Moraes é de Senador Canedo, no interior do estado de Goiás, no Centro-Oeste brasileiro, mas sua música está mais para cidadão do mundo. Impressiona a desenvoltura com que trata os mais variados temas, a começar pela mania local de cantar em inglês.
"Vou começar pedindo desculpa, sei que não é a preferência de vocês, estou aqui com a minha deficiência outra vez, mas infelizmente eu ainda não sei falar inglês", canta ele em 'Desculpe-me, mas vou cantar em português'. "Posso não ser o melhor, mas o melhor é ser eu ...", provoca ele em 'Eu (segundo eu mesmo)'.
Esta música abre o EP 'Reticências ...', lançado recentemente pelo selo Fósforo Records, com o apoio do Espaço Cubo e do Fora do Eixo. Nas cinco canções do disco, Diego de Moraes canta o cotidiano da juventude, incluindo temas sociais, mas com sutileza e muita ironia.
No som, um estranho mix de moda de viola, indie rock e rock tradicional sustenta a poesia direta, que resgata a melhor tradição brasileira de "songwriters" populares. Junto com ele estão Anderson Maia, no baixo e sintetizador, Eduardo Kolody, na guitarra, e Gabriel Cruz, na percussão.
Um dos destaques do último Goiânia Noise, Diego de Moraes também foi selecionado no prêmio 'No Capricho', parceria da revista com a Trama Virtual. 'Reticências...' é líder de vendas da Fósforo Records que apostou no cantor e compositor, uma das melhores revelações da cena goiana.

* Fernando Rosa é editor de Senhor F.





Ah! Tem como fazer download do ep em:





Goiânia Noise!!!!!!




Foi uma honra e muito divertido tocar no Noise desse ano!




Esse fim de ano foi movimentado por diversas surpresas.


Não esperávamos (nós, os "Imoraes") a vitória em São Paulo e, muito menos, a da Seletiva pra tocar no Noise organizado pela Trama Virtual.


Tínhamos certeza que não seríamos escolhidos, pois pensamos que o público votaria em bandas de fora, de outros estados e não votariam em um camarada que se encontra no ônibus e em qualquer esquina aqui em Goiânia...






Além disso, foi surpreendente a participação do público durante o show, como está documentado um pouco nesse videozinho:










O Higor Coutinho no http://goianiarocknews.blogspot.com/ comentou no blog:




"Diego de Moraes arregimentou, além dos óbvios amigos e fãs, todo mundo que passeava por ali. A lírica corrosiva e coloquial do rapaz cada vez chama mais a atenção e ganha mais admiradores. Dessa vez ninguém menos que o Miranda (é, aquele gaúcho grisalho, jurado do Ídolos, mesmo) garantiu ter gostado muito do show do rapaz, quando eu perguntei, perto do fim da festa, o que ele destacava dentre as atrações do festival."






O mais bacana é aquilo q sempre digo: "não precisei me adaptar às modas atuais pra ter essa resposta do público".




Agora: o foco é continuar compondo e ensaiar com a banda (maravilhosa!) pra nos prepararmos pras batalhas que surgirão em 2008!








sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Hoje: Os Imoraes é a quarta banda a tocar no Noise!




Ontem ensaiamos até a meia-noite pra tocar hoje no Goiânia Noise...

É uma honra tocar no mesmo dia que Pato Fu!


Vão mais cedo, pois o Seven é a segunda banda e o show deles será muito foda!!!

Muito bom mesmo e estreiando um novo formato...




Fui selecionado na Seletiva Trama Virtual:




Foi uma surpresa isso, pois jurávamos que não seríamos selecionados, pois pensávamos que as pessoas dariam prioridade pras bandas de fora e não pra um Zé Ninguém que pode se encontrar no eixo Anhanguera.


Estou aqui na ansiedade...
mais informações sobre o festival em:

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Tocaremos no Noise no mesmo dia que Pato Fu!






Falei pros meus amigos que se tocássemos no Goiânia Noise: qualquer dia seria uma honra:
- na sexta: Pato Fu
- no sábado: Júpiter Maçã
-no domingo: Mundo Livre S/A
além de todas as outras bandas que fazem um som interessante, mas destaquei essas aí por já estarem na minha vida há mais tempo.


Foi com uma felicidade que recebi a surpresa (um telefone da equipe da Trama) ontem, informando que fomos selecionados!


Saiu aqui o resultado da seletiva:


http://tramavirtual.uol.com.br/noticia.jsp?noticia=7226


"






Vencedores
por TramaVirtual

Seletiva Goiânia Noise Festival chega ao fim; saiba quais são os três nomes a se apresentar no evento


12/11/2007

Chegou a hora de divulgarmos os três vencedores da Seletiva Goiânia Noise Festival! O concurso teve suas inscrições abertas no fim de setembro e centenas de artistas se inscreveram. Dessa lista, 10 nomes foram selecionados pela TramaVirtual e pela organizadora do evento, a Monstro Discos e, por quase um mês, os artistas entraram em votação popular. Sem mais demoras, eis o nome dos três mais votados pelo público:

- Stuart (Blumenau/SC)
- Diego de Moraes (Goiânia/GO)
- The Name (Sorocaba/SP)

No sexta-feira (23/11), primeiro dia de evento, o menino prodígio Diego de Moraes se apresenta no festival. Os catarinenses do Stuart tocam no segundo dia (24/11) e, no domingo (25/11), é a vez da banda The Name, de Sorocaba, tocar no Goiânia Noise Festival.

Para mais informações acesse http://www.goianianoisefestival.com.br/




Masssa! Só fico sem graça com esse papo furado de "menino prodígio"...
1- Não sou menino (nem menina, viu, gente?)
2- nem prodígio..
rsrs
Rock!


Os Imoraes na Capricho (ERRATA!)

Distorceram (mais uma vez) totalmente o que eu falei...
Já estou acostumando em ser julgado
pelo que não sou, mas tudo bem...





A jornalista da Capricho estava sem gravador e anotou o que eu disse,
mas ao transcrever colocou um trem nada a ver...
Nunca disse a asneira de que "não tenho influências"
(pois acho que tudo ao meu redor pode me influenciar...
até o que odeio, pois pode gerar uma reação.).

É só ver abaixo a entrevista pra trama que coloco até a minha experiência
traumática naquele inferno de Call Center por 3 anos como influência
para isso que eu chamo de "obra"
(Ó que forma luxuosa de tratar minhas tosqueiras.. rsrsr)



O estranho é que no blog eles escreveram o que eu disse
e na revista colocaram o oposto do que penso...



Olha no blog:



http://capricho.abril.com.br/hotsites/nocapricho/blog/60242_post.shtml



"Conversando com Diego, perguntamos quais são suas influências:
"Quando estou compondo, não penso em estilos ou em influências.
Faço música", diz.




Agora, é lógico que tem muita coisa que é inconsciente, que trago
do que escuto, mas não quero pré-determinar
o som antes de tentar fazer algo.



É foda!







Depois veja em em:





http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=61338&tid=2565761328191144734&start=1



que está assim:



"Diego de Moraes é destaque na revista Capricho!
 

Com o título "Os caras prometem!", Diego de Moraes, vencedor do
concurso No Capricho 2007, é destaque (matéria de página inteira)
na edição nº 1031, de 11 de novembro de 2007, da revista Capricho.




Entrevista:



"1º Lugar - 29,37% dos votos - Diego de Moraes



De onde: Senador Canedo (GO).



Nome da banda: é o nome do vocalista.



Som que inspira: Diego diz não ter influências musicais. No momento
está escutando
The Who, Mutantes, Beatles, Tom Zé e Luiz Tatit.




Maior mico:
Diego diz que é tão feio que paga mico só de subir no palco.




Palavra que define a banda: estranho.



Em 10 anos: Como saber? Não sabem nem onde vão estar semana que vem!



Na net: www.myspace.com/diegodemoraes"











OUTRA ERRATA:

Corrigindo...

O nome da banda da banda é OS IMORAES, tá?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Concurso de bandas no NoCapricho: OS IMORAES!!!!!

Resenha sobre o "meu primeiro show sem mim" em:

http://capricho.abril.com.br/hotsites/nocapricho/blog/60293_post.shtml


O sumiço do ganhador do concurso de bandas

28 Out 2007 19:36

Diego Moraes, ganhador do Concurso de Bandas Trama Virtual, não pôde vir para se apresentar e receber seu prêmio. Mas a banda que o acompanha, Os Imoraes, fez a lição de casa. Tiveram de improvisar por mais da metade do show, mas isso não tirou o ânimo da banda e nem da platéia.

"Senti falta do vocalista mas eles improvisaram bem e ficou muito legal", diz Aline, de 18 anos, que já curtia a banda.
Logo no inicio da apresentação, Diego mandou um recado se desculpando por não ter aparecido. Ele tinha uma prova de mestrado de manhã em sua cidade natal, Goiania. Mas disse que o show deveria continuar.
Eduardo, o guitarrista, empenhou o papel de vocalista em algumas músicas para não serem todas instrumentais. Perguntado sobre o que achou de ganhar, ele disse que só estar participando já era um prêmio e que todas as bandas que participaram já eram vencedoras. E sobre ter de improvisar, disse que não foi tão dificil pois tem uma banda instrumental com o baixista.
Mesmo quem não conhecia direito a banda apreciou o som, como diz Karina, de 15 anos: "Não conhecia direito ainda, mas estão tocando muito bem".
[Texto: Giulia Listo] e [foto: Natalia Cristine Costa de Sá]



SOBRE O SHOW:

http://capricho.abril.com.br/hotsites/nocapricho/blog/60242_post.shtml

Diego de Moraes faz música irreverente

27 Out 2007 20:46

O show de Diego de Moraes mal acabou e ele já está sentindo o gostinho da fama. Muitas pessoas foram cumprimentá-lo pela ótima apresentação no NoCapricho e pela sua música irreverente.
As canções, cheias de guitarras e gritos do vocal (Diego), mostram uma batida forte e diferente do que estamos acostumados a escutar de bandas independentes. A galera ficou muito empolgada com o som!
Conversando com Diego, perguntamos quais são suas influências: "Quando estou compondo, não penso em estilos ou em influências. Faço música", diz.

Com 22 anos, o garoto nasceu em Cuiabá e diz escutar de tudo um pouco, não se limitando a estilos.
[Texto: Nathalia Cisti Casares/Ana Carolina Neira] [Foto: Maiara Ribeiro]


















Mais informações em:

http://www.obaoba.com.br/fotos/fotos_detalhe.asp?ID=772


que diz: " Como de costume, teve o Concurso de Bandas NoCapricho, que já fez vencedores como a banda Sweet Cherry Furry. Neste ano, as bandas concorrentes eram: ColorTV, Coffee Cups, Diego de Moraes, Pélico, Phone Trio, Rafael Sonic. E foi Diego de Moraes e sua banda que ganharam a melhor, neste ano. Com influências de Bob Dylan, Mutantes, Beatles e Tom Zé os goianos agradaram o público."

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Entrevista no site da Trama Virtual:



No dia 16/10 dei uma entrevista para a Trama Virtual...

Olha lá: http://tramavirtual.uol.com.br/noticia.jsp?noticia=7192





foto: PolliShiver

à direita: Diego e Aderson Maia (baixo)


Neo-tropicalismo interiorano por Flávio Seixlack

Criativo e despretensioso, goiano Diego de Moraes faz músicas que remetem a Tom Zé e Bob Dylan


16/10/2007
Um conselho para os jovens compositores: nunca esconda suas músicas. Para o bem ou para o mal, é melhor que suas composições venham à tona em algum momento, para que as demais pessoas conheçam seu trabalho. No caso de Diego de Moraes, goiano da cidade de Senador Canedo, felizmente alguns amigos o convenceram a expor suas canções para o mundo. Diego começou como baterista em diversas bandas, mas uma série de acontecimentos o levou a virar cantor e compositor, uma espécie de Bob Dylan neo-tropicalista do interior brasileiro, ou um Tom Zé um pouco mais psicodélico. O melhor de tudo: é bom, criativo e despretensioso. O músico lançou o EP Reticências este ano, mas já tem composições pra um próximo lançamento. Por e-mail, Diego falou com a TramaVirtual.

Quando você começou a mexer com música? Você era baterista, certo?

Sim. Comecei tocando meia lua na Igreja, com uns 13 ou 14 anos de idade.Por volta de 2001 comecei a tocar bateria em bandas. Minha primeira banda foi os Idiotas Superiores e depois toquei na Nóia Catódica (eram bandas de Senador Canedo). Em 2002 toquei batera no Leigos, que foi "a banda da minha vida" (banda em que o vocalista era o Fernando, que tinha as sementes do que faço hoje. Era bem misturado: a gente escutava de Beatles a Pixies, de Joy Division a Raul Seixas na época). Tem uma banda de punk rock de Senador Canedo, em que eu toquei bateria, que é o The Cretinos (nessas gravações sou eu na batera).

E quando foi que se interessou em compor solo e ser frontman?

Não é que me interessei, mas a situação me empurrou pra isso. Mesmo quando tocava bateria eu já rascunhava algumas coisas no violão (escutava Legião e tinha um tesão com o lance da letra). Mas geralmente nunca tinha espaço pro que eu tinha escrito nas bandas em que participei (pois não encaixava no tal do "estilo"). Tanto que grande parte do que temos apresentado atualmente é coisa que escrevi uns quatro anos atrás (às vezes acho que as pessoas "conhecem" o que eu já fui e não vejo a hora de apresentar o que escrevi na semana passada). Mas eu escondia tudo o que eu escrevia pra mim. Tinha vergonha de expor minhas tosqueiras. Só que depois que grilei com tudo, fiquei um tempo sem tocar batera. Enquanto isso eu mostrava meu "repertório" só pros meus amigos mais próximos. Logo eles me convidaram pra participar de alguns eventos (com voz e violão). Até que perdi a "vergonha na cara" e inscrevi uma de minhas músicas anti-musicais num festival de MPB daqui em agosto do ano passado (é minha interpretação do inferno... o "Todo Dia"):

http://www.youtube.com/watch?v=xRgGeV1fMtA

Depois (em dezembro de 2006) participei (só eu no violão e minha irmã, Fernanda, de 13 anos, na época, na bateria) no Tacabocanocd, evento organizado pela Fósforo Records, que premiava o vencedor com a gravação de um EP. Em janeiro eu tinha um show numa boate (voz e violão – hilário!), mas encontrei uns amigos meus na rua, que toparam me acompanhar. Durante a gravação esses loucos também aceitaram participar (É o Aderson Maia, no baixo e sintetizador, o Eduardo Kolody na guitarra: esses dois tocam no Seven. Tem o Gabriel Cruz, na percussão e, na gravação do CD, eu mesmo toquei as bateras, mas nos shows o Eltin assumiu o posto). Então é isso. Me tornei o tal do "frontman", pois foi o jeito, por causa da determinação do acaso dos acontecimentos e por que até agora não achei nenhum doido que aceitasse cantar o que eu escrevo, mas não vejo a hora de voltar pra bateria, que é um lugar melhor pra viver em paz, não é?

Qual foi a primeira música que você compôs? Do que se tratava?

Cara, isso eu não lembro. Acho que foi uma que chama "Papai", que era sobre crescer sem referência. Mas uma das primeiras foi a "Confusão", que é uma crítica à hipocrisia... Tem uma versão muito tosca em minha página.

Quais suas principais influências?

O Call Center, o ônibus, Fernando Simplista, Senador Canedo, o Henfil, o Pasquim e a minha mãe. E, musicalmente, não sei (até porque quando tô compondo eu não penso na influência... as pessoas que falam o que querem enxergar depois). Mas escuto: Tom Zé, Beatles, Bob Dylan, Sérgio Sampaio, Mutantes, Beck, Raul Seixas (amo o disco da Sociedade da Grã Ordem Kavernista do Brasil!), Júpiter Maçã, Roberto Carlos, Smiths, Ramones, Walter Franco. E, ultimamente, o compositor que mais tô escutando é o Luiz Tatit.




Você tocou no Bananada esse ano. Como foi esse show? Foi o primeiro em festival com banda?

Sim. Foi o primeiro festival que toquei com banda. Nossa! Foi além das nossas expectativas, o público foi muito simpático com a gente e nós estávamos inspirados naquele dia. Lembro-me que muita gente queria nos desanimar dizendo que "a primeira banda do primeiro dia não é percebida", mas acho que a repercussão foi muito positiva (saiu até uma foto minha e do Aderson, baixista, ilustrando uma matéria sobre o festival na Rolling Stone). O jornalista até me falou que tinha achado o show muito bacana, criativo e que se identificou com o que eu disse. No meio do show eu falei um negócio (que desagradou uma galera, mas que foi bem recebido por parte do público): "ano passado eu não tinha nem um centavo pra vir aqui. Esse ano eu continuo quebrado, na merda, sem grana pra nada; mas, pelo menos, estou tocando". Foi isso. O problema é que nos shows eu não me controlo e acabo falando o que tô sentindo. Tocar no Bananada foi uma experiência muito legal, que nos deu uma certa visibilidade, o som foi de primeira e uma platéia massa! Agora espero que venham outros festivais.

Como funciona a banda ao vivo?

Todo show a gente inventa uma trela diferente, um nome diferente também.Já nos apresentamos como Diego e os Mendigos, e Os Fritos da Terra, e a Classe Operária (no Bananada), e a Alta Sociedade, Diego e os Imoraes, e a KGB (no Vaca Amarela). Daí, dependendo da ocasião a gente cria um clima, com fantasias ou não. A banda contribui muito para a construção desse clima, que varia conforme a situação, o ambiente (às vezes o show é mais punk ou pode ser mais tranqüilo também). Depende. Às vezes tem participações especiais. E o Chicão, irmão do Aderson, toca baixo, quando o Aderson toca sintetizador. Sou o fã número um da banda que me acompanha. Eles não fazem só parte de uma "banda de apoio", mas são meus "companheiros de guerra". Estou muito grilado com muita coisa por aí, mas muito feliz com essa banda!

Você lançou um EP pela Fósforo Records esse ano. Comente um pouco sobre esse trabalho.

Já comentei em uma pergunta anterior sobre como encontrei os músicos que estão comigo. O EP foi produzido pelo Leo Yanes, que me deu muita liberdade pra fazer coisas variadas. Mas depois que terminamos senti que poderia ter feito mais coisas. É sempre aquela insatisfação constante, né? De acordo com o Tacabocanocd (evento que me proporcionou a gravação) eu poderia gravar quatro músicas, mas o dono do estúdio (Gustavo Balduíno) permitiu que eu gravasse cinco. E, além disso, entre as músicas gravei umas vinhetas (que dão uma unidade conceitual pro EP. Pra mim, as vinhetas são fundamentais pra entender a proposta). Então fui lá e gravei as guias e depois a banda me ajudou a criar em cima do que eu tinha composto. Abri o EP pedindo desculpas por cantar em português (isso pois grande parte das bandas de Goiânia preferem cantar em inglês). Uma das músicas mais comentadas do EP é a "Música Estranha pra Pessoas Esquisitas", mas a minha favorita é o "Dia Bonito". Acho que esse EP é um pequeno esboço do que eu ainda poderia fazer, talvez. Sei lá. Na capa tem uma foto minha com quatro anos de idade, no meio do mato e todo "grunge" (de xadrez e All Star). É um retrato da globalização: o “cabôco” no “mei” do "Goiás" e achando que é alguma coisa... todo roqueiro. O EP chama-se Reticências, pois quando a gravação estava sendo finalizada eu já tinha composto novas músicas que iam em outra direção. Por isso coloquei esse nome no EP, com a esperança de um dia mostrar a continuação, quem sabe.

Os festivais hoje em dia são muito voltados pro rock. Seu som costuma ser aceito facilmente pelas pessoas da platéia quando você se apresenta?

Sim, pois o rock está presente também. Mas depende. Na maioria das vezes não é fácil. Muita gente fala que, num primeiro momento, teve uma resistência e só depois foi entender a onda toda. Geralmente, na hora do show percebo uma boa recepção. Mas às vezes, depois sempre tem pessoas que fazem comentários maldosos e, o pior, sinto que falam sem saber do que estão falando, pois precisam manter a "pose de mal". Acho às vezes incômodo, pois não quero ser um fascista, como muita gente por aí, que fica preso em um único ponto de vista. Mas, no geral, a platéia tem sido bem receptiva, muita simpática (embora tenha show "barra pesada" no "currículo" também). Já toquei até em festival que tinha uma tendência mais punk (o Miscelânea), em que fui respeitado. Acho que por causa da letra. Não sei. Creio que a força da banda ao vivo tem facilitado um pouco, pois o Diego de Moraes individualmente é, geralmente, antipático, pois, sem querer, acaba falando suas verdades inconvenientes, né? Mas, com "fé em Deus", um dia eu paro de ser chato assim!

Quais são seus próximos planos?

Ensaiar e gravar, urgentemente, as novas músicas. Mas, pra isso, preciso de apoio, pois tô sem grana até pra pagar o aluguel... É foda!