sábado, 26 de março de 2011

Diga: 15 discos em 15 minutos, por favor!

Recebi um email cordial do jornalista Carlos Eduardo Pinheiro
me pedindo uma lista de 15 discos importantes, pra mim,
- em 15 minutos ! -
pra ser publicada na coluna "jogo dos 15 discos"
do jornal Diário da Manhã.
Massa, né?

A respeito desse mesmo jogo:
esses dias parabenizei o poeta Marcos Caiado pela lista dele
e ele respondeu, via twitter, que
em 15 minutos não dá pra caprichar muito na caligrafia.

Então.
Rascunhei rápido e enviei - essa é a estratégia do jogo.
Depois lembrei
como esses discos foram importantes na minha vida,
como foram "portas" pra outros discos...
outros,
fundamentais, que faltaram,
por falta de espaço.

Cada disco é um percurso,
é um momento
que vai
e vem.

Ou,
como meu brother Danislau diz:
"cada disco é como se fosse um cara".

Bom.
Daqui 15 dias faço um post sobre isso novamente, ok?

Por ora, clique na lista que foi:
E pra você?
Qual é a sua lista?
Por quais caminhos andou
pra chegar até aqui?

domingo, 20 de março de 2011

PÓ DE SER na PRAÇA CRIATIVA (Senador Canedo)!


Hoje...
1° ROCKRIATIVO
- Senador Canedo
DE GRAÇA!
Local: Praça Criativa (próximo ao terminal)
Horário: a partir das 18 hs

Bandas:
* PÓ DE SER
* THARKAN
* DYATRYB
* SOLE PLACE
* INVERSUSS
* LUST FOR SEXXX

Organização: Jorge Ribeiro (Jornal O Pequi)

quarta-feira, 16 de março de 2011

9º elenco da 4ª Edição do Goiânia Canto de Ouro!!!

Olá!
Nesse fim de semana (quinta, sexta e sábado),
tocarei na 4ª Edição do Goiânia Canto de Ouro,
juntamente com Horton Macedo, Cristiane Perné e Beto Cupertino!
Estou muito feliz de poder participar desse evento emblemático para a música produzida em Goiás! Participo desde a 1ª edição!
Vamos?
Marque sua presença lá no facebook:


4ª Edição do Goiânia Canto de Ouro
Horton Macedo, Beto Cupertino, Cristiane Perné e Diego de Moraes.
Data: 17, 18 e 19 de março de 2011 (quinta, sexta e sábado)
Horário: 21h
Local: Goiânia Ouro - Teatro
Endereço: Rua 3, esquina da Rua 9, Centro
Ingressos: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia)
Participe do sorteio de ingressos no Twitter Oficial do Goiânia Ouro

segunda-feira, 14 de março de 2011

tinta guache

de tinta guache
pintei
meu caminho gauche
torto
por aí
sem porto,
norte,
vivo
rumo à morte
risco e rabisco
tento e aguento
insisto
em rir e colorir

de linha rota
criei
minha pipa leve
solta
por aí
sem porto
sorte
vôo
sul a norte
cisco e arrisco
solto pelo vento
insisto
em ir e colorir


Diego de Moraes / Carlos Brandão
em setembro de 2010
de uma prosa por email

segunda-feira, 7 de março de 2011

Em Síntese (Diego e Simplista)

dois amigos
um sábado qualquer
uma tarde informal
um violão
(mais um momento único captado por @ksnirbaks )

Em Síntese
(Diego de Moraes)

o tempo todo tento
todo o tempo, atento
calado sinto, quem cala consente
ando pensando, penso andando
vou com calma
em síntese
não sei resumir

e quanto mais conheço
menos me entendo
não compreendo bem porque te quero bem
e vão dizer que vou em vão,
mas vou com alma
em síntese
não sei resumir

vou,
mas continuo
vivo
na sua memória
embora
embora
embora longe, embora torto, embora triste, embora morto, embora fraco e tão covarde
e sem saída
a cem por hora
por ora é só
agora a pouco
por pouco o fim
retornei

ando pensando, penso andando vou com calma
e vão dizer que vou em vão, mas vou com alma

em síntese
não sei resumir

domingo, 6 de março de 2011

o amor é maior que a morte

"Aqui é festa, amor/ E há tristeza em minha vida." Esses versos, desabafados por Otto, carregam doses cavalares de sofrimento, de conflito, em um disco que serve como reflexão sobre a vida e, conseqüentemente, sobre a perda. Viver é perder. É se perder. Todo momento. Quero, hoje, falar sobre a vida. Eis uma missão que sei, de antemão, impossível em sua totalidade. Porém me lanço nesse desafio, de tecer tais impressões, pois semana passada estive em um velório inesperado – da mãe de um grande amigo meu. Inesperado, pois ela foi vítima de um atropelamento na Avenida Goiás. Eu poderia escrever sobre o trânsito violento de Goiânia como causa de mortes absurdas; mas deixo esse tema de lado, por ora. Prefiro falar da vida e sua beleza e suas rasteiras. Uns festejam a vida e outros choram. Neste feriado de carnaval, enquanto o Brasil festeja, tenho um amigo em luto. Fico triste ao vê-lo triste. Triste ao ver-me impotente em um momento sem palavra que preencha o vazio. Triste ao lembrar. Lembro.

Todo velório é sempre um momento para pensar na vida. É na vida que todos pensamos diante de um caixão. Na despedida, não pensamos no ente querido enquanto matéria, mas enquanto memória viva. Viver é perder? Não. Viver é ganhar. Ganhar, dia a dia, em experiência, em sabedoria, com as próprias perdas. Todo velório é sempre um momento para pensar nessa reviravolta que a vida é, com seus imprevistos – alguns agradáveis, outros desesperadores. Minha mãe diz: “para morrer, basta estar vivo”. E nós, aqui, nessa corda bamba que é o mundo dos vivos, vemos um filme passando em nossas mentes. Fico triste ao lembrar. Também sorrio ao lembrar de detalhes, de pequenas situações vivenciadas. E lembro-me de outros velórios. Cada um carrega dentro de si o seu velório fundamental (aquele que constitui a pessoa, aquele que faz parte do seu repertório de experiências). O meu, por exemplo, é o do meu pai. Aonde vou levo o velório do meu pai comigo. Meu pai foi, mas deixou uma lembrança maior, de amor. Lembrei-me dele, quinta passada, quando caminhávamos para o jazigo e algumas pessoas cantavam baixinho uma linda melodia:

“O amor é maior que a morte”.

O amor é a mensagem que a Flávia (mãe do meu amigo, e companheiro no mundo da música, Gabriel Cruz) nos deixa. Mensagem transmitida por suas atitudes de mãe que lutava com garra por seus filhos, que irradiava luz, que tinha uma palavra de incentivo para aqueles que brigam por seus sonhos. Viver é ganhar, é vencer. O vencedor é aquele que “vence a dor”. Paulo está certo: “quando estou fraco é que sou forte”. Eu sou “nuvem passageira”, mas fica a lembrança, a mensagem de luta. Sei que sou um “ser para a morte” e, justamente, por saber que “o amanhã, na verdade, não há”... faço-me “ser para a vida”... “só nos resta viver”. Viver e perder e ganhar e gastar e grilar e amar. E odiar também, pois, não sei quem disse, o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença. Então, sem meio termo, acima de tudo: amar. Não interessa se sou ateu ou religioso, o que importa é a minha capacidade de amar. “O amor, maior que a morte.”

[publicado no jornal Diário da Manhã]

comunicado: sobre nossos shows em sampa

Conforme já informei,
as apresentações do Diego e O Sindicato no estado de São Paulo, nesse início de mês,
foram canceladas, em decorrência
do estado de saúde da mãe do nosso percussionista
(Gabriel Cruz).
Ela, infelizmente, faleceu na última quarta-feira.

Peço, àqueles que acompanham a trajetória da banda,
o envio de pensamentos positivos
para que possamos continuar a luta,
com a perseverança que nos caracteriza.

Assim que tiver a informação da nova data
de nossa apresentação no Rumos Itaú,
e de outras datas de shows,
postarei aqui.

Forte abraço!
Dieguito
Gabriel Cruz (nosso companheiro de guerra)