SARAU
ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL
O Sarau não-perecível ocorrerá quinzenalmente na Associação dos Moradores do Conjunto Fabiana. O lançamento do projeto ocorrerá no dia 14/09 (terça feira) às 20 hs na sede da Associação. O Sarau é uma realização do Centro Cultural Eldorado dos Carajás em parceria com a Associação de Moradores do Conjunto Fabiana. O coordenador do projeto é o compositor, poeta e historiador Diego de Moraes Campos. Assim como Sérgio Sampaio cantava “Um livro de poesia na gaveta não adianta nada/ Lugar de poesia é na calçada”, pensamos em tirar os livros das gavetas. A proposta é a de abrir um espaço para a declamação e a produção poética, ou seja, para o diálogo de experiências de vida e de criação estética. .É chegar e colocar na roda poesias próprias ou de outrem. A idéia do nome veio de uma conversa de Diego e Ana Lúcia, do Centro Eldorado dos Carajás, sobre alimentos não perecíveis. Alimentos não perecíveis são aqueles que podem ser transportados e armazenados por longo tempo sem necessitar de refrigeração, como arroz e feijão. Achamos que a poesia é um alimento não-perecível, um alimento para a alma, o cérebro e o coração. A poesia também deve ser transportada e armazenada por longo tempo. O poeta, enquanto indivíduo, morre, perece; mas sua poesia pode reviver. Quando lemos um Vinícius de Moraes, por exemplo, nos alimentamos desse alimento não-perecível que é a poesia. Esperamos que a iniciativa não pereça e incentive a prática poética, a imaginação e a ação. Viver é sonhar e transformar os projetos, as utopias, em realidade. Como disse Paulo Leminski ao poeta goiano Pio Vargas: “viva a vida enquanto viva”.
ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL
levar a poesia pra rua e
trazer a poesia do mundo
escrever na vida seu livro e
ler no livro da vida, (o artista)
enquanto vivo
levar e trazer – ouvir e dizer
trocar ,
sair da oca ,
abrir a boca ,
dialogar
(que coisa boa
e louca!)
é pra isso que
esse sarau aqui
existirá
(existe e irá)
não em si,
(vim, vi, ouvi e disse)
mas isso depende de
quem quiser
sair de si,
visse?
tudo perecível
mas parece
que poesia
não perece
“quem
não aparece
desaparece”
diz Zé do Caixão
em sua prece
(Diego de Moraes Campos)
Realização: Centro Cultural Eldorado dos Carajás e
Associação de Moradores do Conjunto Fabiana
Responsável: Diego de Moraes Campos
Lançamento: 14 de setembro (terça-feira)
Horário: 20 hs
Entrada franca.
Local: Associação de Moradores do Conjunto Fabiana
( Rua 4, Qd. 10, s/n. Conjunto Fabiana.
1ª rotatória após a TV Brasil-Central, entra à esquerda e depois 2ª rua à esquerda )
Blog na internet: http://saraunaoperecivel.
Contatos: 3218-2986
Um comentário:
Adorei este lance de poesia como alimento nao perecivel.... com certeza alimenta nossa alma, e na da melhor que criar movimentos que leve este alimento tão gostoso e mimoso (...as vezes, pq tb pode ser intragavel de vez em quando) para todos.
parabens pela iniciativa.
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