Ontem ao vir à pé do apê do Adersêra, meu brother do coração,
com passos apressados pra encontrar uma "artaudiana", que o Paulo Diniz achou um "brotinho"...rsrs
encontro, em frente ao teatro Goiânia, o Carlos Brandão, que descia a Tocantins com uma camisa escrito: "CAIXAça" (com o logotipo da Caixa Econômica).
conversamos rápido, entre outras coisitas, sobre o arre-Pio (Vargas), boicotado pela academia, mas um dos maiores poetas daqui (a ponto do Leminski vê-lo como seu sucessor). Brandson me conta que o Pio era um cara que gastava todo o seu salário com literatura e vivia a poesia no seu cotidiano. O filho dele, Rafael, jogou no youtube um vídeo em homenagem ao poeta:
Vale ressaltar que na "Biblioteca Pio Vargas" não tem nenhum livro do próprio Pio Vargas! Estou, há alguns meses, devorando os: “Anatomia do Gesto” e “Os Novelos do Acaso” (depois escrevo algo decente sobre, tá? por enquanto... vivo.)
Segundo Edival Lourenço, Pio esteve à frente de uma efervescência cultural considerável em Goiânia no final dos anos 80, princípio dos 90, ao editar e divulgar novos autores por meio de suas irreverentes edições xérox, intituladas PN (de porra nenhuma).
Se alguém souber onde encontro esse material em xerox: me avisa, por favor!
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Então. Agora, fico lisonjeado ao ler, aqui em uma lan house do Canedo, um post no blog do Brandson, da última Quinta-feira 30 de Abril, que fala de uma conversa zurêta nossa sobre a insanidade de alguns artistas.
Copio aqui o texto do Brandson, que comenta a nossa "insistência"= "existência":
Tô aqui ouvindo Cat Stevens.
Acho esse cara do caralho!
Gosto desses artistas que, no auge do sucesso, largam tudo pra se aventurarem por caminhos outros, nada a ver.
Stevens virou muçulmano e privou a gente da sua arte.
Artista é assim mesmo.. vai lá a gente tentar entender a cabeça dos caras.
Outro dia, no Martim Cererê, eu e Dom Diego de Moraes falamos sobre isso.
Falamos que existem artistas que conseguem segurar a onda, segurar a cabeça e conviver com sua loucura e com a loucura do mundo externo.
E falamos que existem também artistas que não conseguem administrar sequer a sua loucura.
Esse são frágeis e merecem atenção, pois correm o risco de enlouquecer num vapt vupt.
Eu e Dieguito conversando não pode haver coisa mais maluca.
Não somos exemplos de sanidade.
Sabemos disso.
Mas insistimos.
Tô aqui, ouvindo Cat Stevens e lembrando da sanidade do Dom Diego.
Saúde, moleque!
Postado por Tire o Dedo do Meu Blog às 12:09
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