Ksnirbaks é o pseudônimo de Camila Leite, uma menina lá de Aparecida de Goiânia, que aventura sua vida pelo caminho apaixonado (apaixonante) da arte. Escrevinhando, além de textos teatrais, vira e mexe, ela posta um poeminha lá no seu blog (http://ksnirbaks.blogspot.com/ ) e leva, aos tangos e tamancos, em frente o curso de Letras, com a doce contribuição do meu puxão de orelha, que ela, sabiamente, dá ouvidos. A menina está sempre em processo criativo, tentando, aprontando alguma idéia nova, ou, pra ser mais chique: “in progress”. Ksnirbaks tem um olhar poético para o mundo e isso se revela até nos vídeos experimentais que lança na sua página no youtube. Esses vídeos já lhe renderam elogios. Fã de Glauber e brother de Ivan Cardoso, a guria acha (acha não, tem certeza absoluta) que o artista tem que fazer, fazer, fazer, mesmo em situações adversas – fazer o que pode, enquanto se sacode. Assim, com uma camerazinha na mão, muitas idéias na cabeça e muita vontade no coração, a menina faz água virar vinho, botando a roda pra girar. Aliás, outro dia ela foi até surpreendida com o convite dos brothers da banda uberlandense Porcas Borboletas para filmar o show deles com o titã Paulo Miklos, em BH, pois gostaram demais da conta das imagens que ela captou deles em movimento no Goiânia Noise em 2009, quando dividiram o palco com outro Paulo (também herói do rock nacional) Barnabé, do lendário Patife Band. Por falar em Barnabé, Ksnirbaks entrevistou o Arrigo, irmão do Paulo Patife, quando este esteve em nossa ilustre capital, com sua Caixa de Ódio lupiciniana, no fim do ano que foi. Juntando todas essas peças, o po(rr)eta Danislau Também e seus comparsas queriam o olhar poético da filmagem de Ksnirbaks para captar mais aquele momento especial na carreira dos Porcas. Porém, no entanto, todavia, pelos perrengues da vida a nossa ilustre futura-cineasta não pôde ir, mas já ficou feliz da vida com a lembrança. Quem não quer ser lembrado, né? Então. Escrevo isso aqui (hoje, correndo contra o tempo, numa lan house – meu PC pifou, pela manhã –, com o editor do jornal me convocando, prestes a ir para a “cela de aula”, morrendo de vontade de construir uma crônica mais lírica, mas numa situação simplesmente alucinadora que não me permite pensar em nenhum verso) sobre ela, pois quero deixar essa lembrança, ainda que troncha e desengonçada, para Ksnirbaks, nesse dia dos namorados.
Ela é minha menina e eu sou o menino dela. Somos um casal de pombinhos cagando e andando pelas ruas do planeta. Ksnirbaks, representante da poesia “marginal” de Aparecida de Goiânia (ela vai detestar essa catalogação, mas digo isso pra fazer referência aos livrinhos de poema em xérox que ela distribui para os nossos amigos, continuando o espírito anárquico da poesia dos anos setenta) e eu, ministro de Senador Canedo, felizmente nos encontramos por aí. Tem uma capital – Goiânia – entre nós, mas isso não é um problema... seguimos o nosso caminho da roça, nessa grande quadrilha que é a longa estrada da vida, discutindo e nos curtindo, caminhando e cantando, brigando e brincando, sempre “em processo”. Obrigado Camila, por tudo, e desculpa, qualquer coisa. No domingão que vem ficaremos lá no FICA, durante o showzaço da rainha do rock - após eu bater o ponto lá, com o meu Sindicato -, chupando drops de anis, perto de um final feliz. Beijo do magro!
[publicado no jornal Diário da Manhã
por ocasião do 'dia dos namorados']
por ocasião do 'dia dos namorados']
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