sábado, 26 de março de 2011
Diga: 15 discos em 15 minutos, por favor!
me pedindo uma lista de 15 discos importantes, pra mim,
- em 15 minutos ! -
pra ser publicada na coluna "jogo dos 15 discos"
do jornal Diário da Manhã.
Massa, né?
A respeito desse mesmo jogo:
esses dias parabenizei o poeta Marcos Caiado pela lista dele
e ele respondeu, via twitter, que
em 15 minutos não dá pra caprichar muito na caligrafia.
Então.
Rascunhei rápido e enviei - essa é a estratégia do jogo.
Depois lembrei
como esses discos foram importantes na minha vida,
como foram "portas" pra outros discos...
outros,
fundamentais, que faltaram,
por falta de espaço.
Cada disco é um percurso,
é um momento
que vai
e vem.
Ou,
como meu brother Danislau diz:
"cada disco é como se fosse um cara".
Bom.
domingo, 20 de março de 2011
PÓ DE SER na PRAÇA CRIATIVA (Senador Canedo)!
quarta-feira, 16 de março de 2011
9º elenco da 4ª Edição do Goiânia Canto de Ouro!!!
segunda-feira, 14 de março de 2011
tinta guache
meu caminho gauche
torto
por aí
sem porto,
norte,
vivo
rumo à morte
risco e rabisco
tento e aguento
insisto
em rir e colorir
segunda-feira, 7 de março de 2011
Em Síntese (Diego e Simplista)
domingo, 6 de março de 2011
o amor é maior que a morte
"Aqui é festa, amor/ E há tristeza em minha vida." Esses versos, desabafados por Otto, carregam doses cavalares de sofrimento, de conflito, em um disco que serve como reflexão sobre a vida e, conseqüentemente, sobre a perda. Viver é perder. É se perder. Todo momento. Quero, hoje, falar sobre a vida. Eis uma missão que sei, de antemão, impossível em sua totalidade. Porém me lanço nesse desafio, de tecer tais impressões, pois semana passada estive em um velório inesperado – da mãe de um grande amigo meu. Inesperado, pois ela foi vítima de um atropelamento na Avenida Goiás. Eu poderia escrever sobre o trânsito violento de Goiânia como causa de mortes absurdas; mas deixo esse tema de lado, por ora. Prefiro falar da vida e sua beleza e suas rasteiras. Uns festejam a vida e outros choram. Neste feriado de carnaval, enquanto o Brasil festeja, tenho um amigo em luto. Fico triste ao vê-lo triste. Triste ao ver-me impotente em um momento sem palavra que preencha o vazio. Triste ao lembrar. Lembro.
Todo velório é sempre um momento para pensar na vida. É na vida que todos pensamos diante de um caixão. Na despedida, não pensamos no ente querido enquanto matéria, mas enquanto memória viva. Viver é perder? Não. Viver é ganhar. Ganhar, dia a dia, em experiência, em sabedoria, com as próprias perdas. Todo velório é sempre um momento para pensar nessa reviravolta que a vida é, com seus imprevistos – alguns agradáveis, outros desesperadores. Minha mãe diz: “para morrer, basta estar vivo”. E nós, aqui, nessa corda bamba que é o mundo dos vivos, vemos um filme passando em nossas mentes. Fico triste ao lembrar. Também sorrio ao lembrar de detalhes, de pequenas situações vivenciadas. E lembro-me de outros velórios. Cada um carrega dentro de si o seu velório fundamental (aquele que constitui a pessoa, aquele que faz parte do seu repertório de experiências). O meu, por exemplo, é o do meu pai. Aonde vou levo o velório do meu pai comigo. Meu pai foi, mas deixou uma lembrança maior, de amor. Lembrei-me dele, quinta passada, quando caminhávamos para o jazigo e algumas pessoas cantavam baixinho uma linda melodia:
“O amor é maior que a morte”.