nessa segunda que foi Kleuber escreveu no blog dele sobre a experiência de sábado passado lá no Sesi da Vila Canaã:
Segunda-feira, 28 de Setembro de 2009 DE REPENTE - A ERA DOS FESTIVAIS No ultimo sábado lá estava eu novamente sofrendo aquela agonia que no final das contas eu pergunto se já não é um vício; a adrenalina nas alturas, a canção colocada em competição... Dessa vez o risco era maior, era a primeira aparição pública do "PROJETO MACUNAÍMA" nome provisório de um projeto paralelo meu e do Diego de Moraes para escoar nossas parcerias, que eu levo muita fé e que o festival veio coroar com o humilde terceiro lugar, porém assumimos o risco de colocar uma música totalmente avessa (ou não) ao formato habitual de cançoes festivaleiras. Uma música sem refrão, construída em cima de um riff com letra escatológica sobre solidão e o tempo. Hermes soares e Ricardo Roqueto também estão no time dos sem camisa. DE REPENTE, é o ponta pé inicial Fora do útero pra que as pessoas comecem a conhecer o nosso trabalho.
. . . se der tempo amanhã escrevo aqui sobre a "doidêra boa"
Nessa semana saiu uma charge minha na edição número 278 do Jornal Poderes, do mestre polêmico Júlio César, grande jornalista daqui de Senador Canedo: (clique na imagem):
é que o Dédé veio aqui, em um evento hipócrita chamado "Grito contra a violência"...
Brandão é um poeta, poeta e "estrela" embora ele discorde que "letra de música" seja "poesia". Não interessa o que ele acha ou deixa de achar, sobre isso... o que interessa é que ele é um poeta, meu chapa. mais pela vida do que pela obra. Até porque a obra dele está espalhada por aí. Seus fins são re-começos. Seus versos enriquecem melodias. Sua vida ilumina estradas. É como diz o Chacal: "Um poeta não se faz com versos" Continue a brilhar, meu véio! . . . . E hoje estréia o espetáculo "I BELIEVE" , com Pablo Angelino (do grupo Teatro Ritual). Fiquei emocionado quando o Brandson leu pra mim esse poema pela primeira vez! Vai aí a informação:
Dia:17 ( Quinta). Ás 21:00h, no Teatro Goiania Ouro R$ 14,00 inteira e R$ 7,00 meia
I Believe é o poema de quatro faces de Carlos Brandão, em seus versos estão sua infância, juventude, velhice e por ultimo aquela que é a junção de todas as fases: o homem inteiro. Uma “Poesia Simples”, este é o território deste espetáculo, explorando a simplicidade e a força das palavras...Um lance natural, como pisar no capim molhado descalço numa manhã de sábado, tomar banho de rio ou ler Manoel de Barros na rede.
Aqui vai uma aula de composição (se é que existe "aula" disso)... Brandão e Gustavim Veiga parindo uma nova canção, no mês passado:
A pérola, batizada de Dois Universos, foi feita para as filhas de Brandão e para o Gustavinho (filho do "menino metido a valente", Gustavo Veiga). Lindo! . . .
Vai aí o poema do Chacal:
Um poeta não se faz com versos (Chacal)
o poeta se faz do sabor de se saber poeta de não ter direito a outro ofício de se achar de real utilidade pública no cumprimento de sua missão sobre a terra escrevendo tocando criando
o que pesa é não se achar louco patético quixote inútil como quem fala sozinho como quem luta sozinho
o que pesa é ter que criar não a palavra mas a estrutura onde ela ressoe não o versinho lindo mas o jeitinho dele ser lido por você não o panfleto mas o jeito de distribuir
quanto a você meu camarada que à noite verseja pra de dia cumprir seu dever como água parada fica aqui uma sugestão: -se engaveta junto com seus sonetos porque muito sangue vai rolar e não fica bem você manchar tão imaculadas páginas.
In: CHACAL, Belvedere. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007. p.223-224.
O que para adiantar-se ao tempo perde tempo e parece que não adianta (mas se adianta) cai de cabeça- cai dentro na trajetória que descamba na trajédia do louco e adiante vontade de cair fora depois de tudo isso e mais um pouco Insiste no desperdício do efêmero: agora O que não faz por onde, mas faz-se quando (...) quando? O que perde sua vida e ganha, ultrapassa à morte Sobrevive ao fim ganha o tempo, assim Um Poeta, enfim
De repente simultaneidades muito que ainda não foi dito, mas agora aqui sem tempo pra falar... "O melhor lugar do mundo é aqui e agora", canta Gil
Um astronauta pousa em nossa praia. Waldi em crise com seu "dasein". A amizade é o que interessa, acho. "Ninguém é amigo de ninguém", me dizem. luto contra e a favor. Ainda não ouvi o novo do Porcas. Tô curioso. Semana passada: encontros e desencontros. "I love you" no meio do caos que virou isso que sou eu, que fui eu. Ontem eu estava em Catalão proseando sobre música. . . . "Vou deixar o amanhã pra depois?"